Um amigo internauta chamado Davi, após acessar meu site www.leandroquadros.com.br , fez as seguintes observações:
“Prof. Leandro Quadros: alguns blogs têm surgido contra o adventismo e pregado contra a Lei de Deus […] Eles dizem que a lei foi abolida e trazem justificativas aparentemente novas, e que até parecem verdadeiras. […] Afirmam que a Lei e a graça são totalmente contrárias. Logo, se cremos em um, não podemos crer no outro. No caso da lei e do sábado, ao mostrarmos versos que provam ser o sétimo dia ainda importante para nossa experiência cristã, dizem que o nosso descanso atual é Cristo. Como posso responder a esses críticos?”(Adaptado).
A seguir, minha breve resposta dada a ele, e que compartilho com você aqui no blog do programa “Na Mira da Verdade”:
Tais críticos fazem uma falsa dicotomia entre a Lei e o Evangelho. Podemos provar isso (claro: muitos são teimosos e rebeldes e não aceitam) lendo apenas alguns textos, na seguinte linha de raciocínio:
1º) Em Romanos 3:19, 20 Paulo diz que não somos salvos pela lei porque a função dela é nos dar conhecimento de que somos pecadores. Essa função da lei é novamente apresentada pelo apóstolo em Romanos 7:7. "Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás."
2º) Em complemento a isso, Paulo diz em Romanos 7:12 que a Lei é “santa, justa e boa”, ou seja: ela reflete o caráter de Deus, seu Legislador (Is 33:22): um caráter santo, justo e bom.
Porque o Senhor é o nosso juiz; o Senhor é nosso legislador; o Senhor é o nosso rei; ele nos salvará.
3º) Já em Romanos 7:14, ele afirma que a lei é “espiritual”. Isso significa que ela é de origem divina. Desse modo, a lei deve ser observada espiritualmente, pela fé (Rm 1:5 e 16:26) e jamais como um “meio” de salvação (Ef 2:8-9; Gl 3:1-3).
Agora, veja como a Lei e o Evangelho estão de “mãos dadas”:
É a partir do momento em que contemplamos a lei e vemos o quanto somos pecadores por não conseguirmos viver 100% dentro dos padrões dela, é que sentimos a necessidade de um Salvador, que é Cristo – e mais ninguém! (At 4:12).
E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.
Se tirarmos a Lei de nossa experiência cristã, não teremos aquele “espelho” que mostra nossa condição pecaminosa para que corramos para os braços de Jesus – o único que pode “nos limpar” por Sua graça e Justiça (Rm 3:25, 26).
25. ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; 26. para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.
25. ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; 26. para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.
Além disso, se a Lei tivesse sido abolida, a cruz perderia todo o sentido. Afinal, Cristo teria morrido para pagar o quê? Por qual pecado Ele teria morrido se não houvessem padrões morais que tivessem sido transgredidos pela humanidade? Como bem disse Paulo em Romanos 5:13: “o pecado não é levado em conta quando não há lei”. Sendo que há pecado, isso prova que existe uma Lei que é transgredida e pela qual o próprio Deus pagou para nos dar a vida eterna em Cristo!
A respeito desse assunto, assim se posicionou uma Bíblia de Estudo evangélica (de não observadores do sábado), em uma nota de rodapé a respeito de Romanos 3:31: “As leis morais de Deus não são abolidas pelo evangelho de Cristo. Ao invés disso, todo o plano de salvação, incluindo a obediência de Cristo à Lei por nós e sua morte para pagar a penalidade por termos violado a Lei, mostra que os padrões morais de Deus são eternamente válidos.” (Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, p. 1155).
Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum; antes estabelecemos a lei.
Percebeu a incoerência dos críticos em tentarem anular a Lei de Deus, ainda mais tendo em vista as palavras de Jesus em Mateus 5:17-19?
17. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. 18. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só jota ou um só til, até que tudo seja cumprido.
Desse modo, o fato de o sábado ser um símbolo do descanso espiritual que desfrutamos em Jesus todos os dias (Hb 4) em nada afeta o mandamento.
Continuamos tendo essa obrigação moral e espiritual para com Deus (Ex 20:8-11; compare com Ap 14:6, 7 e 12) como sinal de nossa aliança de amor e respeito a Ele (Ez 20:12, 20, 21).
Apocalipse 14: 6. E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo,
7. dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
8. Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.
9. Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão,
10. também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome. 12. Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
Prova disso encontramos em Hebreus 4, onde o autor, para nos impulsionar a descansarmos em Jesus, utiliza-se do sábado e não do domingo para ilustrar o descanso em Cristo, pela fé nEle.
Se o domingo tivesse sido usado como símbolo do repouso espiritual, teríamos de concordar com os críticos.
Alguma mudanças históricas reforçam a resposta: Click no link e verifique a história...
O primeiro decreto dominical ocorreu em 7/3/321 - Promulgado pelo imperador romano Constantino;
Alguma mudanças históricas reforçam a resposta: Click no link e verifique a história...
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito_de_Constantino
Observação: Em sua criação Deus, não só abençoou, mas também, santificou o sétimo dia (Gênesis 2:3).
Em outro momento Deus escreve os mandamentos em pedras, com o seu próprio dedo (Êxodo 31:18).
Veja que não há intermediário nessas ações, pois, tem que ficar bem claro que são momentos únicos, para que não fique nenhuma dúvida sobre os mandamentos, pois o próprio Deus abençoou e santificou o sétimo dia e escreveu os mandamentos que foram alterados pelo homem com o passar dos tempos, conforme o link acima, andando contrário a vontade do Criador.
Porém, esse não é o caso e, por isso, eles precisam ser humildes em reconhecer que estão errados em ensinar a abolição da lei, permitindo que o Espírito ilumine a mente deles.
Não tenho dúvidas de que a oração do Salmo 119:18 deveria fazer parte da rotina espiritual dos antinomistas (que são contrários à nomos – o mesmo que lei, quando traduzido do grego para o português):
“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.”
Não tenho dúvidas de que a oração do Salmo 119:18 deveria fazer parte da rotina espiritual dos antinomistas (que são contrários à nomos – o mesmo que lei, quando traduzido do grego para o português):
“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.”
Espero que essas breves considerações o tenham ajudado. Para se aprofundar mais no assunto, recomendo a leitura do excelente capítulo escrito por Mário Veloso no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 510-548), intitulado “A Lei de Deus”. O 14o capítulo, intitulado “O Sábado” (p. 549-597), escrito por outro grande teólogo, Kenneth A. Strand, também apresenta a doutrina do sábado de maneira profunda, cristocêntrica e irrefutável.
Fonte:http://novotempo.com/namiradaverdade/a-lei-e-o-evangelho-estao-de-maos-dadas/
Fonte:http://novotempo.com/namiradaverdade/a-lei-e-o-evangelho-estao-de-maos-dadas/
Até a próxima postagem
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